A cultura de São Tomé e Príncipe: Culturalmente, S. Tomé e Príncipe insere-se no espaço lusófono, resultando numa mistura da cultura colonial portuguesa e da cultura trazida por escravos e contratados de outros países africanos de língua oficial portuguesa, principalmente Angola e Cabo Verde.
A língua oficial é o Português, mas o Forro desenvolveu-se como uma língua santomense e é falado por cerca de 85% da população; a terceira língua mais falada é o Crioulo, usado pelos cabo-verdianos e seus descendentes.
A religião dominante é a católica, existindo também outras religiões minoritárias, principalmente cristãs.
Muitos elementos africanos foram adoptados na culinária, nos costumes, nas crenças e no vestuário. O artesanato local produz objectos de coco, bambu, madeira esculpida ou embutidos, conchas, bonecas de pano, folha de bananeira, palha de milho, brinquedos de arame, objectos feitos com chifres de bois, sementes e objectos feitos de carapaça de tartaruga (proibidos no ocidente por ser uma espécie protegida). Os pratos comuns são de peixe, acompanhados de banana frita ou cozida, arroz e fruta-pão. Os pratos típicos são: O Calúlú, Blabla, a Catchupa, izaquente de açúcar ou de azeite, djogo, quizacá e a feijoada a moda da terra.
Quanto às músicas, existem alguns grupos que tocam musicas tradicionais como: Ussua, puita, sócopé, danço Congo e tchilole.
A literatura santomense também tem produzido os seus autores próprios, como Caetano Costa Alegre, José Ferreira Marques, Almada Negreiros, Francisco José Tenreiro, etc.
Culinária típica de São Tomé e Príncipe: A culinária é a arte de cozinhar, ou seja, confeccionar alimentos e foi evoluindo ao longo da história dos povos para tornar-se parte da cultura de cada um. Variam de região para região, não só os ingredientes, como também as técnicas culinárias e os próprios utensílios.
CALULU DE PEIXE (à moda de São Tomé): Calúlú é um prato típico de Angola e de São Tomé e Príncipe. Pode ser confeccionado com peixe fumado ou com a carne.
Em Angola, o calúlú de peixe é preparado numa panela, na qual se intercalam camadas de peixe seco e de peixe fresco, com os demais ingredientes. É cozido em lume médio e servido com funge e feijão com óleo de palma.
Em São Tomé e Príncipe, o calúlú constitui uma refeição familiar habitual, sendo também usado em festas religiosas, nas quais é frequentemente distribuído junto às igrejas. É também servido em casamentos e em cerimónias fúnebres. É localmente considerado uma iguaria rica. As carnes podem ser de galinha, carne de porco, incluindo pés ecabeça, ou de bovino.
O calúlú é acompanhado com: Ângú de banana, que são massas de banana prata ou banana pão "moída", arroz, fuba e farinha de mandioca.
Hoje é consumido em todo o País, com grande predominância nos distritos de Mé-Zochi com 32,3% e Agua Grande com 8,3%, Lembá 15,2% Lobata12% Cantagalo 3,2%, é utilizado principalmente em famílias de fracos recursos porque pode ser feito também com menos peixe. Enquanto que no Príncipe este prato é pouco utilizado.
SOÔ DE MATABALA: Este prato é confeccionado mais à base de matabala, óleo te palma, peixe e umas
especiarias; pode ser acompanhado com farinha de mandioca.
A matabala é um tubérculo mais duro do que a batata, de aspecto exterior parecido com a batata-doce de tamanho maior. É muito bom frito - os santomenses chamam-lhe "pala-pala", mas em puré também é bom! É um substituto da batata.
Em Moçambique também há, bem como na República Dominicana e no México. Provavelmente ele é encontrado no Brasil.
Para além da matabala, também podemos fazer soô de fruta-pão e banana prata.