São Tomé e Príncipe 
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A descoberta das Ilhas de São Tomé e do Príncipe: Quando se fala de São Tomé e Príncipe, o comércio de escravos está sempre presente. São Tomé e o Príncipe são duas ilhas de origem vulcânica que se distanciam uma da outra cerca de 150 km.

As ilhas de São Tomé e do Príncipe ficam situadas a cerca de 300 km da costa Ocidental de África, mais concretamente no Golfo da Guiné, sendo atravessadas pelo Equador. Têm uma área total de 996 km2, cabendo 875 km2 à Ilha de São Tomé e 139 km2 à Ilha do Príncipe.

Em dias claros, principalmente a seguir às grandes chuvadas que limpam o ar de poeiras, é possível avistar a ilha do Príncipe, dos pontos mais elevados de São Tomé. A Ilha de São Tomé estende-se em latitude entre 0º 24’ 30’ (no Morro Carregado) e 0º 0’ 02’’ de latitude sul. A Ilha do Príncipe vai de 1º 20’ 44,6’’ a 1º 32’ 0,971’’ norte. (3)

A descoberta de São Tomé e Príncipe, é uma longa história. Uma das versões diz que os Portugueses foram os primeiros povos a descobrir as ilhas. Outra versão explica que quando os portugueses chegaram à Ilha de São Tomé, a mesma já estava habitada pelos angolares.

A entrada dos portugueses aconteceu na parte norte da Ilha, e os Angolares já residiam na parte sul. O lugar onde os portugueses chegaram é chamada Ana Bó (NORTE) (3) e a parte onde viviam os angolares é chamada São João dos Angolares (SUL).

Os angolares eram povos escravos, sobreviventes de um naufrágio de um barco perto da Ilha de São Tomé, vindo de qualquer país da costa africana.

Apesar de alguma dúvida da parte dos historiadores, sabe-se o ano em que os portugueses chegaram à Ilha de São Tomé, Foi a 21 de Dezembro do ano 1470/1471 e deram ao lugar o nome de Ana Bom. À Ilha do Príncipe chegaram em 17 de Janeiro do ano 1471/1472, Foi, então, uma colónia de Portugal desde o século XV até à sua independência em 1975. Desconhece-se a data em que os angolares
chegaram.

Os marinheiros Portugueses que descobriram a Ilha de São Tomé e do Príncipe são: João de Santarém e Pedro Escobar. Esses dois marinheiros encontravam-se ao serviço do comerciante Fernão Gomes, que obteve o direito de exploração de 100 léguas anuais da costa africana do rei D. Afonso V em nome da Coroa Portuguesa, embora com custos por sua conta.

Clima: As duais ilhas, pela sua latitude, estão localizadas na zona intertropical de convergência, sujeita a sistema de baixa pressão, movimentos ascendentes de massas de ar e convergência de outras vindo de maiores altitudes. O clima é do tipo equatorial com características de grande uniformidade ao longo do ano, embora com modificações regionais, influenciada pelo deslocamento periódico da zona de convergência um pouco para sul ou para norte do equador.

Humidade, nevoeiro frequente e chuva abundante são algumas das características do clima de São Tomé e Príncipe. Ao longo do ano só se verificam duas estações que são: a da chuva, com elevadas temperaturas e a seca (gravana) com temperatura mais suave, sem chuvas ou com chuvas escassas.

Povoamento da ilha de São Tomé e Príncipe: A versão da história mais aceitável é a primeira. Tendo sido os portugueses os primeiros a chegarem às ilhas, teriam de ser eles a decidir o futuro das mesmas A ilha de São Tomé esteve supostamente (tese maioritária) desabitada até 1470/1471 e a do Príncipe até 1471/ 1472.

A primeira tentativa de povoamento da Ilha de São Tomé foi no ano 1485 por João de Paiva, mas não se viram resultados Tentou-se novamente no ano 1493 por Álvaro de Caminha. Quanto à Ilha do Príncipe só teve o seu primeiro povoamento no ano 1500.
Passado algum tempo deu-se o encontro entre Portugueses e Angolares. Neste encontro surge grande conflito. Como os Portugueses eram  em grupo muito maior e mais organizado e com materiais de guerra muito desenvolvidos, é obvio que venceram o confronto tornando os Angolares  seus escravos.

As primeiras plantações de grande interesse:  Questões como o povoamento das ilhas, a criação de grupos mestiços, as formas de organização da economia, os sistemas de trabalho, os mecanismos de controlo político e social eram estudos de maneira a exaltar o génio dos Portugueses, os quais, sublinha a metodologia colonial, teriam utilizado métodos brandos e práticos humanitários, transformando as ilhas bravas em espaços organizados para reforçar o capitalismo moderno em via de se afirmar.

A cana-de-açúcar foi introduzida nas ilhas no século XV, mas a concorrência brasileira e as constantes rebeliões locais levaram a cultura agrícola ao declínio no século XVI. Assim sendo, a decadência açucareira tornou as ilhas entrepostos de escravos. (3)

Numa das várias revoltas internas nas ilhas, um escravo chamado Amador, considerado herói nacional, controlou cerca de dois terços da ilha de São Tomé. A agricultura só foi estimulada no arquipélago no século XIX. Registou-se uma enorme explosão na produção de café e cacau com base no trabalho contratado. Após a segunda grande guerra, o nacionalismo desenvolveu-se entre a população local crioula tornando-se, desta forma, famosas algumas revoltas de negros, que se recusavam a trabalhar para os portugueses nas plantações de cacau e café.

Nesse período, as ilhas tornaram-se as maiores produtoras mundiais de cacau, o alimento dos deuses ou a árvore dos pobres, como lhe chamou o Barão de Água Izé, João Maria de Sousa e Almeida. Trata-se de uma pequena árvore de origem americana, silvestre, que crescia nas margens dos cursos superiores dos rios Amazonas e Orenoco.

A escravatura foi abolida em 1876, mas ao longo do século XX os portugueses mantiveram ostrabalhadores rurais são-tomenses em degradantes condições de trabalho.

Durante estes séculos do Ciclo do Cacau, criaram-se estruturas administrativas complexas. Elas compunham-se de vários serviços públicos, tendo à sua frente um chefe de serviço. As decisões tomadas por este tinham de ser sancionadas pelo Governador
da Colónia, que para legislar, se auxiliava de um Conselho de Governo e de uma Assembleia Legislativa.

A língua oficial: A língua oficial de São Tomé e Príncipe é o português. Mas antes de se tornar língua oficial, houve muitas outras línguas faladas nas mesmas ilhas, isto porque os habitantes que nela viviam eram povos vindo de vários países.

Massacre de Batepá: A incompreensão e a brutalidade de que se revestiam algumas fases do Governo de Gorgulho, que exercia em acumulação de cargo de Administrador do concelho com o de Comandante do Corpo de Policia indígena, justifica a brutalidade das rusgas em busca de mão-de-obra barata ou gratuita. A finalidade não era apanhar os vadios e os indocumentados, mas todos os que caíssem nas malhas da perseguição.

Era impossível saber quem era vadio e os que pacificamente se empregavam nas casas mais abastadas da cidade. Os homens não tinham culpa de não possuírem os necessários documentos, uma vez que os serviços de identificação não se encontravam devidamente organizados.   

A 3 de Fevereiro de 1953, deu-se os acontecimentos que ficaram conhecidos como Massacre de Batepá. Agitando o perigo de uma conspiração comunista, visando criar um governo dos nativos de S. Tomé, o governador Carlos Gorgulho fomentou uma onda de repressão que resultou num número ainda hoje indeterminado de mortos. 

Muitos foram abatidos a tiro, em verdadeiras caçadas levadas a cabo por milícias de voluntários. Alguns foram queimados. Outros morreram asfixiados em celas demasiado pequenas para o número de presos que continham. Muitos foram sujeitos a trabalhos forçados na praia de Fernão Dias. Um dos castigos consistia em «vazar o mar»: presos com correntes, eram obrigados a entrar no mar para encher grandes selhas de água salgada, apenas para as despejar em terra, pouco depois.

Interrogados sob tortura, chicoteados, submetidos à utilização de uma cadeira eléctrica, os presos eram obrigados a confessar o seu envolvimento numa revolta que pretenderia matar o governador e os colonos, e distribuir entre si as mulheres brancas. Mais tarde, a própria PIDE havia de negar a existência da conspiração referida pelo governador.

A independência: Em 1960, por influência do processo de descolonização no continente africano, surgiu um grupo nacionalista opositor ao domínio ditatorial português. Em 1972, o grupo dá origem ao MLSTP (Movimento de Libertação
de São Tomé e Príncipe
), de orientação marxista. Assim, em 1975, após cerca de 500 anos de controlo de Portugal, o arquipélago é descolonizado, como consequência da Revolução dos Cravos em Portugal, um ano antes.

Após a independência, foi implantado um regime socialista de partido único sob a alçada do MLSTP. Dez anos após a independência (1985), inicia-se a abertura económica do país. Em 1990, iniciou-se a transição para a democracia com a dotação de uma nova Constituição, que institui o pluripartidarismo.

No ano seguinte, as eleições legislativas apresentam o PCD-GR (Partido de Convergência Democrática - Grupo de Reflexão) como grande vencedor, ao conquistar a maioria das cadeiras. A eleição para presidente contou com a participação de Miguel dos Anjos Trovoada, ex-primeiro-ministro do país que estava exilado desde 1978. Sem adversários, Trovoada foi eleito para o cargo. Em 1995 é instituído um governo local na ilha do Príncipe, com a participação de cinco membros. Nas eleições parlamentares de 1998, o MLSTP incorpora em seu nome PSD (Partido Social Democrata) e conquista a maioria no Parlamento, o que tornou possível ao partido indicar o primeiro-ministro.

Os presidentes que as governou: A partir de 1975 até hoje, governaram as Ilhas de São Tomé e Príncipe três Presidentes. Começando com Doutor Manuel Pinto da Costa, seguindo depois o Doutor Miguel dos Anjos Trovoada desde ano 1990 até o ano 2000, e o terceiro e último até agora é o Fradique Melo de Menezes, que vem desde 2000 até à presente data.

A população: O termo população tem, consoante a disciplina a que se refere, distintas definições. Em Biologia
define-se como um grupo de indivíduos que acasalam uns com os outros, produzindo descendência. Em Estatística chama-se população ao conjunto de todos os valores que descrevem o fenómeno que interessa ao investigador. Em Sociologia define-se como um conjunto de pessoas adscritas a um determinado espaço, num dado tempo.

As duas ilhas possuem cerca de 206.178 habitantes (2008), com uma distribuição na seguinte escala: Dos 0 aos14 anos, 47,1% (homens 49.196/mulheres 47.941) dos 15 aos 64 anos, 49,3% (homens 49.326/mulheres 52.324), de 65 anos e mais, 3,6% (homens 3.350/mulheres 4.041).

 

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